“A justiça é a primeira virtude das instituições sociais, como a verdade o é para os sistemas de pensamento. Uma teoria por mais elegante deve ser rejeitada ou alterada se não for verdadeira. Da mesma forma, as leis e as instituições, não obstante o serem eficazes ou bem concebidas, devem ser abolidas se forem injustas”.
Este é o começo do primeiro parágrafo do livro Uma Teoria da Justiça, de John Rawls, de 1971. O autor é colocado como pensador do novo liberalismo. Não sei.
Cabe à Filosofia Política ajudar na procura de uma sociedade (mais) justa, não é? Este é ou deveria ser seu objeto, seu graal.
De qualquer forma, o texto acima traz conforto (ou coisa parecida, já que argumenta em prol do que gostaríamos de ver como mote político-sócio-econômico e… legislativo). O que não dá para engolir é uma proposta de Fim da História, como querem Fukuyama e aqueles que se julgam mais Fukuyama do que o próprio…
(Note-se que a alusão aos “sistemas de pensamento” no texto de Rawls é usada para dar mais força à sua proposição. Bom, quanto a isso, só se se imaginar que a Ciência é neutra…)